Aspectos sobre o diagnóstico ambiental do ecossistema de manguezal

Abstract

Em virtude de crescentes ações antrópicas nos mais diversos nichos ecológicos, novos estudos afins da mitigação de danos e preservação ao meio ambiente são indispensáveis. Os manguezais são ecossistemas encontrados na transição entre os ambientes terrestre e marinho, apresentam biodiversidade funcional única e atuam na proteção das zonas costeiras. Sendo assim, determinados grupos de insetos, como por exemplo, alguns grupos de coleópteros que apresentam respostas divergentes para táxons e nichos ecológicos diferente, sendo promissores como bioindicadores ambientais, devido as peculiaridades de sua biologia e ecologia, bem como facilidades na amostragem entre outros fatores. Até o presente momento existem poucas avaliações do uso da entomofauna para bioindicação em manguezais. O trabalho teve como objetivo realizar o levantamento bibliográfico do potencial indicativo do ecossistema manguezal e seu uso para diagnóstico ambiental visto que em condições de estresse e alterações climáticas as espécies arbóreas são estimuladas a sintetizar metabólitos secundários específicos da classe de terpenos a qual esses insetos demonstram sensibilidade a atração desses metabólitos. Para tanto, foram estudadas três espécies vegetais Rhizophora mangle, Avicennia schaueriana e Laguncularia racemosa. A variação da população de alguns grupos de coleópteros (Scolytinae e Platypodinae) pode estar associada ao aumento de algumas classes de terpenos das espécies arbóreas de manguezal. Portanto, o objetivo deste trabalho foi abordar alguns aspectos sobre o diagnóstico ambiental do ecossistema de manguezal, enfatizando o emprego de coleópteros xilófagos como indicadores ambientais e sua relação com a vegetação deste ecossistema.