Catolicismo de estrangeiros. Portugueses, vencidario e inquisição na nova Espanha. 1600-1630

Abstract

O presente trabalho objetiva analisar a expressão da religiosidade de estrangeiros, especificamente a praticada pelos portugueses, que se desenvolveram nas comunidades novo-hispânicas do início do século XVII. Destacaremos aqui o que a autora Tamar Herzog denomina de deslocamento de práticas e modelos peninsulares de pertença, que foram transportados a adaptados as terras novo-hispânicas. Para compreender essa discussão faz-se necessária a utilização do conceito de vecindad explicitado por Herzog. Em meio a esse debate é necessário elucidar também em qual cenário surgiram às condições propicias ao nascimento de diferentes categorias sociais no mundo ibérico. De modo a compreender como estas categorias foram transportadas para o contexto indiano, especialmente para se pensar a própria fundação de instituições como o tribunal do Santo Ofício. Possibilitando-se assim sua adaptação à uma realidade mais plural e diversificada, realidade essa que de certa forma impôs a criação de novas formas de inserção e exclusão desse grupo de estrangeiros. Que foram forjadas tanto pela inquisição como pela sociedade novo-hispânica.