A utilização de espaços não formais de educação: a bacia hidrográfica como subsídio para a educação ambiental

Abstract

Este estudo tem como objetivo avaliar a potencialidade de uma atividade pedagógica em um espaço não-formal de educação (o riacho), através do estudo da sua biota de macroinvertebrados aquáticos, para a construção de conceitos ecológicos e a problematização de questões socioambientais. O presente trabalho foi realizado com a participação de estudantes do 3º ano do Ensino Médio (turmas 3001 e 3002) do Colégio Estadual Presidente Dutra. As reflexões teórico-metodológicas do trabalho foram baseadas em uma pesquisa de cunho qualitativo e quantitativo. A metodologia do trabalho se deu através de duas atividades: (i) dois momentos em sala de aula e (ii) uma visita ao espaço não formal. No primeiro momento em sala de aula foram aplicados um questionário e uma dinâmica de grupo focal e foi ministrada uma aula expositiva dialogada. No segundo momento (depois da visita ao riacho), foi investigada através do grupo focal a opinião dos estudantes participantes da atividade didático-pedagógica. A saída de campo foi uma atividade no riacho São Pedro, localizado no município de Nova Iguaçu, RJ. A partir dos resultados obtidos dos questionários e da dinâmica de grupo focal, podemos concluir que os estudantes possuem certo interesse ambiental, porém uma visão um tanto antropocêntrica da natureza. Pode-se perceber, a partir da dinâmica de grupo focal aplicada na volta à sala de aula, a importância dos espaços não formais na educação ambiental, uma vez que possibilitam aos estudantes problematizarem e vivenciarem a prática da qual sentem muita falta.